Tratamento com Cannabis Medicinal: Mitos e Verdades

14 de agosto de 2024

Por Dr. Jaime Olavo Marquez - Neurologista ISD | CRM 6933


O assunto a ser abordado, diz respeito ao uso do medicamento cannabis medicinal, que tem sido objeto,  nos últimos anos, de diferentes abordagens e discussões. Pretendemos esclarecer dados e fatos, que muitas vezes estão distorcidos e mal interpretados, por razões que prefiro considerar, sejam motivadas pelo excesso de zelo e preocupação de alguns profissionais com a saúde e bem-estar dos pacientes, ou por falta de oportunidade: acesso ao extenso  material científico sobre o tema (vou mostrar abaixo, gráfico). Tentando minorar estes aspectos, me permito ao final, fornecer algumas poucas referências atuais de trabalhos científicos, (existem vários ótimos  livros na literatura nacional e internacional sobre o tema), esclarecer cientificamente (não uma opinião pessoal) e, incluir o relato de uma pessoa com experiência pessoal como paciente, com o uso de cannabis. 


Tendo visto várias versões sobre o tema, cito dois pensamentos para reflexões,  que me parecem pertinentes sobre conhecimento, e suas modalidades de divulgação na atualidade. Primeiro o de Hipócrates (460 Ac - 370AC, idéias inteligentes se perpetuam), ainda bastante atual “ A Ciência consiste em saber. Em crer que se sabe (a opinião pessoal) , reside a ignorância”, e outro bem atual, do admirável escritor e jornalista Carlos Heitor Cony (1926 - 2018), sobre os riscos do emprego distorcido de tecnologias incríveis do progresso (exemplo para o assunto, hoje em WhatsApp / Lives pode-se falar o que quiser) “A internet é poluidora, não no sentido ecológico, mas sim espiritual”. 

Antes dos comentários científicos sobre o tema, faço mais uma observação, a meu ver esclarecedora, que uso com meus pacientes. Não estamos fazendo uma apologia do uso liberal da maconha (nome conhecido no Brasil para a planta cannabis sativa, da qual é extraída a cannabis medicinal). 



Aliás  sou contra a liberação do porte para uso pessoal (recreativo!?) de tantas gramas de maconha (o motivo da possível permissão, prefiro não interpretar). Defendo o medicamento cannabis medicinal, que esclarecendo, já estão definidas algumas regras pelos órgãos: Conselho Federal de Medicina (até o momento) e ANVISA, para prescrição e comercialização em farmácias (Mostro legislação no final). Faço uma analogia, com  medicamentos amplamente conhecidos e felizmente acessíveis no nosso mercado, os opióides (pergunte os benefícios para mitigar o sofrimento, aos pacientes com dores crônicas de variadas causas), como morfina, codeína, diretamente derivados do ópio, (suco leitoso da planta papaver somniferum – papoula) e seus derivados sintéticos, tramadol, buprenorfina , a atual polêmica oxicodona , entre outros, que são perfeitamente aceitos e prescritos na atualidade. Ninguém quando prescreve, fala do  ópio, e nem se propõem liberar pequenas quantidades para uso pessoal (recreativo)!!. Preconceitos e falta de informações, sempre atrasaram a evolução da humanidade. 


Acho esta introdução pertinente ao tema, Mitos e Verdades e
não farmacologia, por isto vou fazer comentários gerais sobre a cannabis medicinal. Nos anos 60 e 70 (século passado), iniciaram os principais descobrimentos e publicações sobre a cannabis medicinal. Não obedecendo uma cronologia, mas sim enumerando os conhecimentos, foram descritos receptores no nosso organismo, receptores canabinóides distribuídos por todo o corpo (em maior número que qualquer outro receptor, mostrando sua real importância na manutenção da saúde), seus ligantes endógenos (do nosso próprio corpo), os endocanabinóides (vários, mas principalmente dois, anandamida (Sânscrito, felicidade, benção) e 2-AG). Os ligantes externos, obtidos a partir da cannabis (existem várias, a mais usada, cannabis sativa), fitocanabinóides, que são vários e com variadas propriedades para tratamentos diversos. Da cannabis são conhecidos atualmente cerca de 500 componentes químicos, e aproximadamente 160 fitocanabinóides (mais conhecidos canabidiol - CBD, THC (que confere, dependendo da quantidade, psicoatividade), Canabinol, Cannabigerol e outros) terpenos e  flavonoides. Até o momento os mais frequentemente empregados são o CBD e o THC, embora sejam usados também os demais com diferentes indicações. 


A medicina canabinoide, tem função em harmonizar e modular a fisiologia em geral, e manter a homeostasia de todo o sistema orgânico. Atua mais, desacelerando, inibindo e  reduzindo, atividades biológicas excessivas. Em função disto tem múltiplas indicações em várias doenças (Dor,  Epilepsia, Autismo, Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, Transtornos de Humor, Doenças Autoimunes, Osteoarticulares entre outras). A via oral é a mais indicada, geralmente sob forma de solução oleosa, apresentada em várias concentrações. Existem também cremes e adesivos cutâneos. A origem do medicamento deve ser observada com rigor, desde que a forma de plantio (até mesmo o adubo empregado), colheita e obtenção do princípio ativo (obtido das flores e não da folha), segue tecnologia altamente especializada, não se aconselhando utilização de produtos artesanais e que não tenham rigoroso controle de qualidade. As dosagens e esquemas são individualizadas (personalizadas), demandando tempo variável para ajuste posológico. Para sua prescrição é necessário conhecimento da farmacocinética e farmacodinâmica do medicamento, como todo procedimento terapêutico em saúde.

Relato e Interpretação de paciente:

“Minha esposa e eu, ambos enfermeiros, nos vimos diante do desafio quando nosso filho mais novo começou a ter crises convulsivas aos 4 meses de idade. Ao longo dos anos, enfrentamos diversas suposições diagnósticas e passamos por tratamento com vários anticonvulsivantes, sem resultados. Vivenciamos inúmeros episódios de crise por dia
(mais de 20 episódios de crise convulsiva por dia). Após vários anos e tratamentos sem resultado, foi feito o diagnóstico de uma condição rara chamada Síndrome de Dravet, uma forma de epilepsia de difícil controle. Em 2013, iniciado tratamento com CBD; nosso filho está com 18 anos e há uma década em tratamento, atualmente com 800 mg/dia(de 20 episódios de crise convulsiva por dia para cerca de 10 episódios por mês).Foi simplesmente incrível e nenhuma outra forma de anticonvulsivante conseguiu produzir esse resultado.





JAIME OLAVO MARQUEZ
Professor Adjunto De Neurologia (Aposentado) Uftm - Uberaba - MG

Doutor Neurologia - Usp

Visiting Professor Neurology Duke Uni. USA
Membro Titular Emérito Da Academia Brasileira De Neurologia
Presidente Sbed 2002-2004

Referências:
PRIMEIRO CURSO BÁSICO DE CANNABIS MEDICINAL DO TRIÂNGULO MINEIRO:  INSTITUTO SEM  DOR\ EduCaDor. Uberaba -MG Dezembro 2021, Cannabis &Saúde 23\09\22. Gregório Ventura. Mercado de CBD vai valer 22 Bilhões de dólares até 2030, com crescimento anual  de 16% entre 2022 e 2030. Consensus recommendations on dosing and administration of medical cannabis to treat chronic pain: Results of a modified Delphi process.  Bhaskar A et cols. Journal of Cannabis Research. 2021, 3:22 .Cannabinoids block cellular entry of Sars-Cov 2 and the emerges variants. Van Breemen et cols. J Nat Prod .2022. 85, 176-184.- Mechanisms of Action and Pharmacokinetics of Cannabis. Sirichai Chayasirisobhon. Perm J 2022. 25:19.200.- New Insights and Potential Therapeutic Targeting of CB2 Cannabinoid Receptors in CNS Disorders. Berhanu G K et cols.  Int J Mol Sci 2022,23. 975. -Ng and Chang Journal of Cannabis Research (2022) 4:25 https://doi.org/10.1186/s42238-022-00133-0 ORIGINAL RESEARCH Bibliometric analysis of the cannabis and cannabinoid research literature JeremyY.Ng*and Nathan Chang




Conselho Federal de Medicina: Resolução nº 2.133/14: aprova o uso compassivo do canabidiol para o tratamento de epilepsias da criança e do adolescente refratárias aos tratamentos convencionais.


ANVISA: RDC Nº 17 de março de 2016, regras para a prescrição médica e a importação de medicamentos formulados com canabidiol e Tetraidrocanabidiol (THC). Resolução nº 156, no dia 5 de maio de 2017: incluiu a Cannabis Sativa L. na sua lista de Denominação Comum Brasileira. A ação oficializa a Cannabis, dando-lhe um número de identidade para referência posterior entre médicos e órgãos reguladores. Resolução Nº 327 DE 09/12/2019: Dispõe sobre os procedimentos para a concessão de Autorização Sanitária para a fabricação e a importação, bem como estabelece requisitos para a comercialização, prescrição, a dispensação, o monitoramento e a fiscalização de produtos de Cannabis para fins medicinais, e dá outras providências.


O Estado de São Paulo aprovou em sua Assembleia Legislativa o PL 1.180/19 que garante o fornecimento de produtos à base de Cannabis via SUS.


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11 benefícios do pilates como atívidade física

Uma mulher está deitada em uma sala de cirurgia com uma máscara de oxigênio no rosto.
15 de abril de 2025
Fundamental para garantir o conforto e a segurança dos pacientes, a anestesia permite que procedimentos cirúrgicos sejam realizados sem dor e com controle total dos sinais vitais. Apesar de ser um recurso amplamente utilizado, ainda existem muitos mitos e dúvidas sobre sua aplicação. Além disso, muita gente não sabe que a anestesia também pode ser usada em tratamentos de dor crônica e aguda, fora do ambiente cirúrgico. Neste conteúdo, vamos esclarecer os principais mitos sobre anestesia: Mito 1: "É normal sentir dor durante a cirurgia." Verdade: A anestesia é justamente aplicada para impedir que o paciente sinta dor. Existem diferentes tipos (geral, regional, raquidiana, peridural, local), e o anestesiologista define a melhor abordagem para cada caso. Durante todo o procedimento, o paciente é monitorado em tempo real para garantir conforto e segurança. Mito 2: "É comum acordar no meio da cirurgia." Verdade: Esse medo é comum, mas acordar durante a cirurgia é extremamente raro. A anestesia moderna é precisa e segura, e a equipe acompanha seus sinais constantemente para manter o nível adequado de sedação e analgesia durante todo o procedimento. Mito 3: "Anestesia geral causa perda de memória." Verdade: É possível que o paciente sinta um pouco de confusão mental ou desorientação ao acordar, especialmente em cirurgias mais longas ou em idosos. Mas a perda de memória permanente é extremamente incomum. Esses efeitos geralmente são temporários e não afetam a memória de forma duradoura. Mito 4: "Quem tem alergia não pode fazer anestesia." Verdade: Pacientes com alergias podem, sim, receber anestesia. O mais importante é informar à equipe médica sobre qualquer histórico de reações alérgicas, medicamentos em uso ou doenças pré-existentes. Com essas informações, o anestesiologista pode planejar o procedimento com segurança. Mito 5: "Anestesia é só para cirurgias." Verdade: Além de ser usada em cirurgias, a anestesia também é aplicada em bloqueios para alívio da dor especialmente em casos de dores crônicas, hérnias de disco, dores pós-operatórias e outras condições. Nesses casos, o anestesiologista utiliza técnicas específicas (como bloqueios nervosos ou infiltrações) para controlar a dor de forma segura e direcionada, promovendo alívio e mais qualidade de vida. Avaliação pré-anestésica: por que é tão importante? Antes de qualquer procedimento, é essencial realizar uma avaliação com o anestesiologista. Nessa consulta, o profissional analisa o histórico do paciente, solicita ou revisa exames e identifica fatores de risco como doenças cardiovasculares, alergias, uso de medicamentos, entre outros. Essa etapa é fundamental para planejar o tipo de anestesia ideal e garantir a máxima segurança durante o procedimento. A anestesia é uma aliada essencial na medicina: seja para realizar cirurgias com segurança, seja para tratar dores que afetam a qualidade de vida. E com o acompanhamento de anestesiologistas experientes e bem preparados, o paciente pode ter tranquilidade antes, durante e depois do procedimento. Se você vai passar por uma cirurgia ou busca tratamento para dor, agende sua avaliação anestésica. Esclareça suas dúvidas, conheça suas opções e cuide da sua saúde com confiança e segurança.
Um homem de jaleco está olhando através de uma lupa para uma planta.
15 de abril de 2025
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta o controle dos movimentos e pode comprometer significativamente a qualidade de vida do paciente. Tremores, rigidez muscular, lentidão motora e alterações no sono e no humor são sintomas comuns — e, embora os tratamentos convencionais ajudem no controle, muitos pacientes buscam alternativas para complementar a terapia.  Nos últimos anos, a cannabis medicinal , especialmente o canabidiol (CBD) , vem sendo estudada como uma opção promissora no tratamento de sintomas da Doença de Parkinson. Como o CBD atua no organismo? O CBD é um dos compostos presentes na planta Cannabis sativa , conhecido por não causar efeitos psicoativos. Ele interage com o sistema endocanabinoide do corpo, responsável por equilibrar diversas funções fisiológicas — como dor, humor, sono e resposta imunológica. No caso da Doença de Parkinson, estudos indicam que o CBD pode exercer efeito: Neuroprotetor , ajudando a reduzir a progressão da degeneração dos neurônios dopaminérgicos. Ansiolítico , contribuindo para a redução da ansiedade, um sintoma comum em pacientes com Parkinson. Anti-inflamatório , auxiliando na modulação da inflamação no sistema nervoso. Relaxante muscular , com potencial para amenizar a rigidez e os espasmos. O que dizem os estudos recentes? Um estudo de caso publicado em 2023 no Brazilian Journal of Biology mostrou melhora significativa em um paciente com Parkinson avançado após o uso de óleo rico em CBD, com redução de engasgos, melhora da alimentação e mais disposição no dia a dia. Em outro estudo, pacientes submetidos a situações de estresse apresentaram redução de tremores e da ansiedade após uso controlado de CBD. Pesquisas também sugerem que o CBD pode contribuir para a melhora do sono e da qualidade de vida em geral. Apesar dos resultados promissores, o uso de cannabis medicinal ainda exige avaliação médica criteriosa . A dose, a formulação e a combinação com outros medicamentos devem ser personalizados para cada paciente. O acompanhamento com um profissional qualificado é fundamental para garantir a segurança, eficácia e legalidade do tratamento. Fontes: https://www.cannabisesaude.com.br/estudo-de-caso-tratamento-canabidiol-parkinson/?utm_source=chatgpt.com
A female doctor is holding a model of a spine.
12 de março de 2025
A espondiloartrose, também conhecida como artrose da coluna , é uma condição degenerativa que afeta as articulações da coluna vertebral. Embora a dor nas costas seja comum, a espondiloartrose causa um desconforto mais persistente e intenso, afetando a qualidade de vida de quem a enfrenta. O que é espondiloartrose? A espondiloartrose ocorre quando as articulações da coluna começam a se desgastar com o tempo, causando lesões e dor. Isso acontece principalmente devido ao envelhecimento, mas também pode ser resultado de fatores como lesões, sobrecarga, má postura e predisposição genética. Sintomas comuns: Dor nas costas : Geralmente, a dor é constante e pode piorar as atividades físicas. Rigidez : dores nas articulações podem limitar os movimentos, especialmente pela manhã ou após períodos de inatividade. Dificuldade para se mover : A dor pode dificultar o simples ato de se levantar ou realizar atividades cotidianas. Sensação de "estalos" ou "crepitações" : Em alguns casos, pode-se sentir estas ou crepitações ao mover a coluna. Fatores de risco: Idade avançada : A espondiloartrose é mais comum em pessoas acima de 50 anos. Lesões anteriores : Traumas na coluna aumentam a probabilidade de desenvolvimento da condição. Sedentarismo : A falta de movimento contribui para o enfraquecimento muscular e maior desgaste nas articulações. Posturas Conduzidas : Posições erradas ao longo do tempo podem contribuir para o desenvolvimento da arte na coluna. Tratamento da espondiloartrose: O tratamento para a espondiloartrose envolve uma abordagem multifacetada, incluindo: Medicamentos : Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para controlar a dor e reduzir a inflamação. Fisioterapia : Exercícios de fortalecimento muscular, alongamentos e técnicas de mobilização ajudam a aliviar a dor e a melhorar a flexibilidade. Pilates : O Pilates é uma excelente forma de tratar dores nas costas, pois fortalece a musculatura, melhora a postura e alivia estresse. Cirurgia : Em casos mais graves, quando o tratamento conservador não é eficaz, a cirurgia pode ser necessária para corrigir as articulações danificadas. A espondiloartrose pode ser uma condição desafiadora, mas com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Se você está sofrendo com dores intensas na coluna, é importante procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficiente.
A woman in a pink shirt is holding her stomach in pain.
19 de fevereiro de 2025
A cólica menstrual, para algumas mulheres, vai além de um conforto para o passageiro. Em muitos casos, essas dores podem ser tão intensas que impactam a rotina, o trabalho e até mesmo a qualidade do sono. Se você enfrenta dores que limitam suas atividades ou aparentemente não melhoram com medidas comuns, é importante procurar ajuda médica. Por que as cólicas podem ser tão intensas? Nem toda cólica é igual. Enquanto algumas mulheres sentem apenas um leve incômodo, outras enfrentam dores que indicam algo mais sério. Existem dois tipos principais de cólicas: Cólica primária Essa é a mais comum e geralmente aparece nos primeiros anos após a primeira menstruação. Ela ocorre devido a contrações no útero causadas por substâncias naturais produzidas pelo corpo, que ajudam a eliminar o revestimento uterino. Essas contrações podem ser leves ou muito intensas, dependendo de cada organismo. Cólica secundária Quando as dores começam mais tarde ou se tornam mais fortes com o tempo, elas podem estar associadas a outras condições de saúde, como: Endometriose : O tecido que reveste o útero cresce em outras áreas do corpo, causando dores frequentes na região pélvica, especialmente durante a menstruação. Miomas : Nódulos no útero que podem pressionar a região, resultando em cólicas graves e sangramentos intensos. Adenomiose : Quando o tecido interno do útero invade sua camada muscular, provocando dores fortes e períodos menstruais mais longos. Doença Inflamatória Pélvica (DIP) : Infecções na região pélvica que causam dor na parte inferior do abdômen, febre e outros sintomas. Estreitamento do colo do útero : Em algumas mulheres, o canal por onde o fluxo menstrual passa é mais estreito, dificultando a saída do sangue e causando dores intensas. Como saber se é hora de procurar um médico? Se as cólicas estão comprometendo sua rotina, fazendo com que você precise faltar ao trabalho ou às suas atividades, ou se as dores são mais intensas e frequentes, é hora de buscar ajuda. O diagnóstico começa com uma consulta ginecológica, onde o médico avaliará seu histórico e realizará exames clínicos. Em alguns casos, pode ser necessário realizar ultrassonografia ou outros exames, como ressonância magnética, para identificar a causa das dores. Como aliviar as dores? O tratamento varia de acordo com a causa, mas as opções incluem: Medicamentos : Anti-inflamatórios, analgésicos e anticoncepcionais hormonais são frequentemente indicados para reduzir a dor e regular o ciclo menstrual. Cirurgias : Em casos mais graves, como endometriose ou miomas, procedimentos cirúrgicos podem ser recomendados para remover lesões ou até mesmo o útero, dependendo do caso e do desejo reprodutivo da mulher. Terapias complementares : Acupuntura, fisioterapia e técnicas de relaxamento podem ser usadas para aliviar os sintomas e proporcionar mais conforto. Não ignore os sinais do seu corpo Cólicas menstruais muito intensas não devem ser tratadas como algo normal. Buscar ajuda médica é essencial para identificar a causa e encontrar o tratamento mais adequado, garantindo alívio das dores e uma melhor qualidade de vida. Se você está enfrentando cólicas fortes ou outros sintomas que comprometem sua rotina, não espere mais. No Instituto Sem Dor, contamos com especialistas prontos para avaliar e cuidar de você. Agende sua consulta e descubra a causa do seu desconforto.
A picture of a brain with the words a relacao entre dor cronica e reducao cerebral
13 de janeiro de 2025
A dor crônica é uma condição debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Mas, além do impacto físico e emocional, estudos recentes indicam que ela pode causar alterações estruturais no cérebro, incluindo a redução do seu tamanho. Como a dor crônica afeta o cérebro? Quando a dor é persistente e não tratada, ela mantém o sistema nervoso central em um estado constante de alerta. Isso pode levar à liberação excessiva de hormônios do estresse, como o cortisol, que, ao longo do tempo, pode prejudicar as células cerebrais. Estudos mostram: Pessoas com fibromialgia, uma condição caracterizada por dor crônica generalizada, podem experimentar uma redução de até 1,5 cm³ de volume cerebral por ano , em comparação com indivíduos sem a condição. Essa redução ocorre principalmente em áreas como o córtex pré-frontal e a substância cinzenta, regiões fundamentais para a memória, aprendizagem e tomada de decisões.  Impactos na qualidade de vida A perda de volume cerebral está associada a problemas cognitivos, como: Dificuldade de concentração Perda de memória Tomada de decisões prejudicadas Aumento do risco de depressão e ansiedade A boa notícia é que decisões corretas podem minimizar esses efeitos. Tratamentos multidisciplinares, como fisioterapia, psicoterapia e medicação, são eficazes para controlar a dor e prevenir danos adicionais ao cérebro. No Instituto Sem Dor, oferecemos uma abordagem transdisciplinar para o manejo da dor crônica, priorizando o bem-estar integral dos pacientes. Fonte: Apkarian, AV, Sosa, Y., Sonty, S., et al. (2004). Dor crônica nas costas está associada à diminuição da densidade da substância cinzenta pré-frontal e talâmica. The Journal of Neuroscience, 24(46), 10410-10415.
A woman is sitting on a couch with her hand on her chest.
13 de dezembro de 2024
Manter a saúde do coração é essencial para uma vida longa e saudável. Muitas vezes, nosso corpo envia sinais que indicam que algo não vai bem. Conhecer esses sinais e agir rapidamente pode fazer toda a diferença na prevenção de doenças cardíacas graves. A seguir, listamos os principais sintomas que merecem atenção e que podem indicar problemas no coração. Se você identificar algum deles, é fundamental procurar a orientação de um cardiologista. 1. Dor no peito (Angina) A dor no peito, caracterizada por uma sensação de pressão, aperto ou dor intensa no centro ou no lado esquerdo do peito, é um dos sinais mais comuns de problemas cardíacos. Esta dor pode irradiar para os ombros, braços, pescoço e mandíbula. A angina pode ser um sinal de Doença Arterial Coronariana (DAC), um problema grave que pode evoluir para um infarto. Procure atendimento médico imediato caso sinta esse tipo de dor. 2. Falta de ar (Dispneia) Dificuldade para respirar, mesmo em atividades leves ou ao deitar-se, é um sintoma que pode indicar insuficiência cardíaca. Quando o coração não bombeia sangue de forma eficiente, o acúmulo de fluido nos pulmões pode dificultar a respiração. Não ignore esse sinal! A dispneia é um indicativo de que o coração está sobrecarregado. 3. Cansaço e fadiga excessiva Se você sente um cansaço desproporcional ao esforço físico ou se a fadiga persiste mesmo após repouso, pode ser um sinal de que o coração não está conseguindo suprir as necessidades do corpo. A fadiga pode estar associada a insuficiência cardíaca ou arritmias. É importante investigar a causa desse cansaço excessivo. 4. Tonturas e desmaios A sensação de tontura ou episódios de perda de consciência podem ser causados por arritmias, hipotensão (pressão baixa) ou obstruções nas artérias coronárias. Esses sintomas indicam que o cérebro pode não estar recebendo oxigênio suficiente. Se você experimentar esse tipo de sintoma, consulte um cardiologista. 5. Palpitações Palpitações são a sensação de batimentos cardíacos acelerados, fortes ou irregulares. Esse sintoma pode estar relacionado a arritmias, como a fibrilação atrial, que, se não tratada, aumenta o risco de AVC e insuficiência cardíaca. Procure orientação médica caso sinta essas palpitações com frequência. 6. Inchaço nos membros inferiores (Edema) O acúmulo de líquido nas pernas, tornozelos e pés pode ser um sinal de insuficiência cardíaca direita. Nesse caso, o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente, o que leva ao acúmulo de líquidos nas extremidades. Fique atento ao inchaço persistente nas pernas e procure um cardiologista. 7. Suor excessivo Suor frio e intenso, especialmente durante atividades leves ou mesmo em repouso, pode ser um sinal de um ataque cardíaco iminente, principalmente se acompanhado de dor no peito. Este é um sinal de alerta importante! Se sentir esse sintoma, procure atendimento médico imediatamente. 8. Tosse persistente ou chiado A tosse crônica e persistente, muitas vezes acompanhada de chiado, pode ser um sinal de insuficiência cardíaca. O acúmulo de líquido nos pulmões prejudica a respiração, causando esse desconforto. Não ignore a tosse persistente. 9. Dores em outras partes do corpo Embora a dor no peito seja o sintoma mais comum de problemas cardíacos, algumas pessoas, especialmente mulheres e idosos, podem sentir dor em outras partes do corpo, como costas, ombros, pescoço ou mandíbula. Se você sentir essas dores, não hesite em procurar ajuda médica. 10. Perda de apetite e náusea A perda de apetite e sensação de náusea podem ocorrer quando o coração não está funcionando corretamente, afetando o sistema digestivo. Se esses sintomas surgirem de forma persistente, é hora de consultar um especialista. Check-up Cardiológico Se você identificou algum desses sintomas ou deseja realizar um check-up completo para monitorar a saúde do seu coração, agende uma consulta com um cardiologista especializado. Um exame preventivo pode identificar problemas de saúde antes que se tornem graves, além de permitir um tratamento precoce e eficaz. Entre em contato conosco e agende sua consulta para um check-up cardíaco completo. Sua saúde e bem-estar estão em primeiro lugar!
11 benefícios do Pilates como atividade física
22 de novembro de 2024
Descubra como essa prática pode aliviar dores, fortalecer o corpo e transformar a sua qualidade de vida. Ideal para quem busca uma atividade física completa e segura.
Um homem fazendo fisioterapia com uma profissional.
7 de novembro de 2024
A pneumonia é uma infecção respiratória que pode ser grave e afeta os pulmões. É causada por vários agentes, incluindo bactérias, vírus e fungos. O tratamento adequado é crucial para a recuperação, e a fisioterapia desempenha um papel essencial nesse processo. O que é pneumonia? Pneumonia é a inflamação do tecido pulmonar, que resulta em dificuldade para respirar, tosse, febre e, em casos mais graves, pode levar a complicações sérias se não tratada. A fisioterapia é fundamental na recuperação e prevenção de sequelas. Em 2023, mais de 400 mil pessoas foram hospitalizadas por pneumonia no Brasil. Este número destaca a importância de abordagens de tratamento eficazes e a necessidade de intervenções que possam minimizar os impactos a longo prazo. A Fisioterapia na recuperação da pneumonia A fisioterapia respiratória é vital para pacientes que estão se recuperando da pneumonia, oferecendo benefícios significativos: Melhora da capacidade pulmonar : Exercícios respiratórios especializados ajudam a aumentar o volume e a eficiência dos pulmões, melhorando a oxigenação do sangue. Facilitação da expulsão de secreções : Técnicas manuais como percussão e vibração ajudam a deslocar o muco dos pulmões, facilitando a respiração. Prevenção de complicações : Movimentação precoce e exercícios ajudam a evitar a deterioração da função pulmonar e reduzir o risco de recidivas. A recuperação da pneumonia requer uma abordagem multidisciplinar, onde a fisioterapia desempenha um papel fundamental. No Instituto Sem Dor, estamos comprometidos em oferecer tratamentos de fisioterapia que não só ajudam na recuperação da função pulmonar mas também melhoram significativamente a qualidade de vida dos pacientes após pneumonia. Fonte: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://editora.editoraomnisscientia.com.br/capituloPDF/21437227032899.pdf
16 de outubro de 2024
A bursite é uma condição que pode afetar a qualidade de vida de muitas pessoas, causando dores intensas e limitando movimentos essenciais para o dia a dia. Embora seja mais comum em articulações como ombros e joelhos, ela pode ocorrer em diferentes partes do corpo, gerando desconforto que, se não tratado, pode se tornar crônico. Neste artigo, explicaremos o que é a bursite, como identificá-la, e quais são os tratamentos mais eficazes disponíveis. O que é bursite? A bursite é a inflamação ou irritação de uma pequena bolsa cheia de líquido, chamada bursa, que tem a função de amortecer e facilitar o deslizamento entre ossos, músculos e tendões. Existem várias bursas espalhadas pelo corpo, principalmente em regiões de articulações, como ombros, cotovelos, quadris e joelhos. Quando essa bursa inflama, o resultado é dor, inchaço e uma sensibilidade que pode prejudicar movimentos simples, como levantar o braço, caminhar ou até mesmo se sentar. Como identificar a bursite? Os sintomas da bursite podem variar de acordo com a região afetada, mas geralmente incluem: Dor localizada : A dor tende a ser mais intensa ao mover a articulação ou ao pressionar a área afetada. Inchaço : Pode haver uma leve elevação da pele sobre a bursa inflamada. Sensação de rigidez : A articulação pode se tornar rígida, dificultando o movimento. Sensibilidade : Áreas como os ombros, cotovelos ou quadris ficam mais sensíveis ao toque. A bursite pode ser causada por movimentos repetitivos (como a prática de esportes ou certas atividades laborais), por traumas diretos na articulação ou até mesmo por problemas de postura. Em alguns casos, infecções ou doenças inflamatórias, como artrite reumatoide, também podem levar ao desenvolvimento dessa condição. Tratamentos para bursite A boa notícia é que a bursite tem tratamento, e em muitos casos, ela pode ser resolvida com abordagens não invasivas. As opções mais comuns incluem: Repouso e mudança de hábitos : Em muitos casos, a bursite pode ser tratada com repouso, evitando atividades que causam a inflamação. Modificações nos hábitos diários também podem prevenir novas crises. Terapia por ondas de choque : No Instituto Sem Dor (ISD) , oferecemos o Tratamento por Ondas de Choque , uma terapia não invasiva e eficaz que reduz a inflamação e alivia a dor. Esse tratamento é indicado especialmente para casos mais resistentes, onde outros métodos conservadores não trouxeram o alívio esperado. Fisioterapia e reabilitação : Exercícios direcionados ajudam a fortalecer os músculos ao redor da articulação, proporcionando melhor suporte e evitando novas inflamações. Medicações : Em alguns casos, anti-inflamatórios podem ser prescritos para ajudar a reduzir a inflamação e a dor. A bursite, apesar de causar desconforto e limitar movimentos, tem tratamento eficaz, especialmente quando diagnosticada precocemente. No Instituto Sem Dor (ISD) , oferecemos um tratamento moderno e seguro, o Tratamento por Ondas de Choque , que tem mostrado ótimos resultados na recuperação de pacientes com bursite em diversas articulações. Se você sofre de bursite ou sente dores em articulações, entre em contato conosco e agende uma avaliação. Nosso objetivo é proporcionar alívio e ajudar você a retomar suas atividades sem dor.
9 de agosto de 2024
Agosto é um mês importante para a conscientização sobre a esclerose múltipla (EM), por meio do Agosto Laranja e o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla. A esclerose múltipla é uma das principais doenças neurológicas que afeta jovens adultos ao redor do mundo, com a idade média de diagnóstico por volta dos 30 anos e uma prevalência maior em mulheres. Descrita pela primeira vez em 1868 pelo médico francês Jean-Martin Charcot, a EM é uma condição crônica, progressiva e autoimune que afeta o sistema nervoso central, que inclui o cérebro e a medula espinhal. Estima-se que cerca de 40 mil brasileiros vivam com essa condição, conforme a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Conheça no texto de hoje, os principais tipos e sintomas: Tipos de esclerose múltipla A esclerose múltipla pode manifestar-se de diferentes formas e entender essas variações é crucial para um diagnóstico e tratamento eficaz. Os principais tipos são: 1. Esclerose múltipla remitente-reincidente (EMRR): Este é o tipo mais comum, afetando cerca de 85% dos pacientes com EM. Caracteriza-se por surtos súbitos e aleatórios que causam inflamação e danos à mielina, formando placas ou cicatrizes. Esses surtos podem durar dias ou semanas e são seguidos por períodos de remissão, onde os sintomas podem melhorar. 2. Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP): Neste tipo, a doença avança de forma constante sem surtos evidentes. Os sintomas e sequelas pioram progressivamente ao longo do tempo. 3. Esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP): Inicialmente, este tipo apresenta surtos seguidos de remissões. Com o tempo, a condição se torna progressiva, com uma deterioração lenta dos sintomas, mesmo sem a ocorrência de novos surtos. Sintomas da esclerose múltipla Os sintomas da esclerose múltipla podem variar amplamente entre os pacientes. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: Fadiga Distúrbios visuais Rigidez muscular Fraqueza Desequilíbrio Alterações sensoriais Dor Disfunção da bexiga e/ou intestino Disfunção sexual Dificuldade para articular a fala Dificuldade para engolir Alterações emocionais e cognitivas Tratamento e manejo Embora não haja cura para a esclerose múltipla, tratamentos estão disponíveis para reduzir a atividade inflamatória e a frequência dos surtos. Os medicamentos visam retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento deve ser individualizado e sempre monitorado por um neurologista especializado. Além do tratamento medicamentoso, a prática regular de exercícios físicos é recomendada. Eles ajudam a fortalecer os músculos, melhorar o humor e controlar a fadiga. A fisioterapia também desempenha um papel crucial na reabilitação, ajudando a restaurar funções motoras e a controlar esfíncteres. A esclerose múltipla é uma condição complexa que afeta profundamente a vida dos pacientes. Compreender os diferentes tipos, sintomas e opções de tratamento é essencial para o manejo eficaz da doença. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando a esclerose múltipla, é importante procurar orientação de um neurologista especializado e buscar suporte adequado. Agende uma consulta hoje mesmo e receba tratamento adequado: Fale com a nossa equipe!
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