Cannabis medicinal no tratamento da Doença de Parkinson: o que a ciência já descobriu?
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta o controle dos movimentos e pode comprometer significativamente a qualidade de vida do paciente. Tremores, rigidez muscular, lentidão motora e alterações no sono e no humor são sintomas comuns — e, embora os tratamentos convencionais ajudem no controle, muitos pacientes buscam alternativas para complementar a terapia.
Nos últimos anos, a cannabis medicinal, especialmente o canabidiol (CBD), vem sendo estudada como uma opção promissora no tratamento de sintomas da Doença de Parkinson.
Como o CBD atua no organismo?
O CBD é um dos compostos presentes na planta Cannabis sativa, conhecido por não causar efeitos psicoativos. Ele interage com o sistema endocanabinoide do corpo, responsável por equilibrar diversas funções fisiológicas — como dor, humor, sono e resposta imunológica.
No caso da Doença de Parkinson, estudos indicam que o CBD pode exercer efeito:
- Neuroprotetor, ajudando a reduzir a progressão da degeneração dos neurônios dopaminérgicos.
- Ansiolítico, contribuindo para a redução da ansiedade, um sintoma comum em pacientes com Parkinson.
- Anti-inflamatório, auxiliando na modulação da inflamação no sistema nervoso.
- Relaxante muscular, com potencial para amenizar a rigidez e os espasmos.
O que dizem os estudos recentes?
- Um estudo de caso publicado em 2023 no Brazilian Journal of Biology mostrou melhora significativa em um paciente com Parkinson avançado após o uso de óleo rico em CBD, com redução de engasgos, melhora da alimentação e mais disposição no dia a dia.
- Em outro estudo, pacientes submetidos a situações de estresse apresentaram
redução de tremores e da ansiedade após uso controlado de CBD.
- Pesquisas também sugerem que o CBD pode contribuir para a melhora do sono e da qualidade de vida em geral.
Apesar dos resultados promissores, o uso de cannabis medicinal ainda exige avaliação médica criteriosa. A dose, a formulação e a combinação com outros medicamentos devem ser personalizados para cada paciente.
O acompanhamento com um profissional qualificado é fundamental para garantir a segurança, eficácia e legalidade do tratamento.
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